O mercado do café encerrou a semana com alta expressiva de 11% nas principais bolsas de negociação, impulsionado por incertezas sobre a oferta global e desafios climáticos no Brasil. O arábica atingiu os maiores patamares em 13 anos, confirmando a relevância do grão no cenário internacional.
Oferta Global de Café Sob Pressão
A possível implementação do Regulamento de Desmatamento da União Europeia (UE) é um dos fatores que têm movimentado o mercado do café. Caso as mudanças não sejam aprovadas até o próximo mês, o fornecimento de países como Brasil e Indonésia pode ser impactado. Essa perspectiva contribui para a elevação dos preços, conforme reporta o site Barchart.
No Brasil, a situação climática também preocupa. Em Minas Gerais, maior região produtora de café arábica, a baixa precipitação desde abril comprometeu o estágio de floração, essencial para a safra de 2025/26. “A seca prolongada prejudicou os cafeeiros e reduziu as perspectivas de produção”, destaca o relatório do Barchart.
Cotações no Mercado do Café Internacional
Na Bolsa de Nova Iorque, o contrato dezembro/25 fechou a 281,80 cents por libra-peso, registrando alta de 285 pontos. Outros contratos, como março/25 e maio/25, também apresentaram ganhos significativos. Já na Bolsa de Londres, as cotações tiveram comportamento misto, com destaque para o contrato março/25, que subiu 4 pontos, alcançando US$ 4.699 por tonelada.
Impactos no Brasil e no Setor Cafeeiro
Para o Brasil, maior exportador mundial, o mercado do café reflete tanto desafios quanto oportunidades. As condições climáticas adversas exigem cuidados redobrados no manejo das plantações. Além disso, a volatilidade do mercado global pode impactar o preço final do produto, influenciando toda a cadeia produtiva, do campo à xícara.
À medida que as previsões climáticas e regulatórias seguem incertas, o mercado cafeeiro deverá permanecer movimentado, com os produtores atentos às estratégias necessárias para manter a competitividade e a qualidade do grão.